sábado, 29 de janeiro de 2011

GABI

Lá em casa, na casa dos meus pais, a gente sempre adorou bichos. Sempre tivemos muitos. Tudo começou quando nossa tia comprou uma cachorrinha e se casou 3 meses depois não tendo com quem deixar a pequena. Sabendo que a eu e meus irmãos sonhávamos em ter um cachorrinho minha mãe liberou a gente ficar com ela com uma lista de condições. Um mês depois a Poly tava com a gente e nos conquistou de uma forma que ela fazia tudo o que a tal lista proibia e mais um bocado.
Alguns anos depois ela cruzou e nasceu a Mila. Daí já eram duas. As duas eram muito inteligentes e a gente sempre ficou muito impressionado com a capacidade de ambas de aprender rápido. Sempre foram muito limpinhas (peodle não solta muito pêlo) e companheiras. A essa altura a gente já era alucinado por cachorros.
Daí que papai resolveu construir uma casa. E por isso poderíamos finalmente ter um cachorro de uma raça maior. Foi assim que a Bianca, nossa labradora, chegou. O prazo pra casa, pré fabricada de madeira ficar pronta era de 3 meses. Compramos então a Bia que ficaria com a gente no ap por 3 meses. Era ainda uma filhotinha e quando já estivesse crescendo já estaríamos instalados na casa nova. Bom, a construçao da casa atrasou e quando saímos do ap a Bia já tava com 6 meses e, Jesus, como aprontou! Pra se ter uma idéia uma vez ela se trancou por dentro dentro do banheiro e arrancou a ducha da parede só por causa da água. Eu quase chamei a polícia achando que tinha um ladrão dentro do banheiro trancado, com a luz acesa!
Já na casa nova um dia meu irmão caçula a malandro chega em casa numa sexta-feira com uma labradora preta linda, a Maria Eduarda. Ele explicou que a amiga tava indo viajar naquele fim de semana de feriado e queria que a gente cuidasse dela. Pela cara do meu irmão, pelo tanto de coisa que ele trazia com ele e a cara de quem não-tô-fazendo-nada do meu pai cúmplice, entendi que a Duda não ia embora nunca mais. Acho que só a mamãe pensou isso.
No meio disso tudo compramos um papagaio do cunhado do pedreiro que trabalhava lá em casa. Ele queria vender porque o papagaio falava demais (oi?). Foi assim que o João Vitor, o papagaio doido chegou lá em casa e virou o chefe das cachorras e o cara que mais desorienta a minha mãe. Ele vive livre lá em casa e isso rende muitas brigas entre ele e mamãe porque o que ele mais gosta e de ir lá na cozinha e picar as frutas da fruteira ou subir na mesa e acabar com os enfeites que mamãe gosta. Acho que ele faz isso porque ele adora a voz da mamãe brigando com ele. Por diversas vezes cheguei em casa e presenciei os dois discutindo. Só vendo pra entender!
A Poly e a Mila morreram. A gente quase morreu junto. Até hoje é difícil pensar nisso.

A Gabi chegou lá em casa através do caçula, de novo. Ele estudava a noite na FUMEC e um amigo precisava dar urgente a cachorra, uma labradora golden linda, porque ela tinha comido pela milésima vez os fios do portão da garagem da casa e o pai do menino tava bem bravo. Papai saiu lá de casa falando que ia buscar o Rafael Caçula Safado na faculdade, coisa que ele não fazia nunca. Duas horas depois voltam os dois e uma a Gabi, loira arruivada, linda e medrosa. Em pouco tempo conquistou todo mundo.

Isso tudo pra falar que a gente ama bicho. Temos  hoje 5 cachorros: a Bia labradora amarela, a Duda labradora preta, a Gabi a golden ruiva, o Mário labrador safado preto e a Nina, a poudle que mamãe achou abandonada e hoje é a sombra dela. Sem contar o João, o papagaio mandão.
Isso só é possível porque a gente gosta demais e todo mundo ajuda a cuidar. Por dia é uma sacola de supermercado de cocô. Sem contar o tanto de ração. Mas compensa porque cada um deles é único e ama a gente de um jeito único e fiel.
Eu sinto muita saudade de todos e sempre que posso converso pelo skype com eles. É muito legal ver os rabos abanando ouvindo minha voz, me procurando. O João começa e me imitar!

E na semana passada a nossa Gabi pariu 8 lindos filhotinhos, filhos do Mário irresponsável. Papai contou que ele não passa nem perto dos filhos e nós já entendemos que ele não vai assumir a paternidade. Dos 8, 4 são loiros e 4 são pretinhos como o pai. Mas todos lindos e fofos como os filhotes de labrador têm que ser!



João Vitor o papagaio mandão!


Eu passando esmalte na Bia.


 Olha que abraço mais gostoso da Gabi!


Paraíso!

Duda, Bia e Gabi montando guarda lá em casa!

Milinha e Polizinha, saudades!


E aqui a Gabi e a filharada. Quando tiver fotos melhores eu coloco aqui.

5 comentários:

Rêver du Québec disse...

Amei o post, ri sozinha do João e sua mãe brugando....

Anônimo disse...

Turuzinha, vc conhece esse blog: http://www.maedecachorro.com.br/#axzz1CTlPf2f6 ?
É de uma amigona minha, lá de Floripa, que trabalha educando e informando quanto ao bem estar animal. Acho que vc devia dar uma olhada. Vc vai gostar. Manda pro "caçula" que acho que ele vai curtir tb, hehe.
Hoje ela tem uma rede de contatos no Brasil todo e faz diariamente campanhas voltadas aos cuidados com os bichos. Ela se auto-denomina "mãe de cachorro" e acho que tem TUDO a ver, hahaha!

Beijos, IlaMaria.

Anônimo disse...

filha muito lindo vc narrando sobre nossos filhotes, mas tb triste por ver a carinha das duas que se foram.chorei muito mas eu tenho certeza que um dia nos encontraremos de novo la no ceu enquanto isso fica a saudade e a lembranca boa que Deus um dia nos deu de presente duas criaturinhas que nos fizeram muito felizes.

Unknown disse...

Fofos demais!

Anônimo disse...

Tá vendo só?? Tem como não gostar dos seus escritos!! rs... não aguento vc narrando, parece que tô lá vendo tudo e rindo junto!! Tem jeito não, tenho que te ler sempre!! Até rolamos de tanto rir... resultado: queremos outro cachorro...