Lá em casa, na casa dos meus pais, a gente sempre adorou bichos. Sempre tivemos muitos. Tudo começou quando nossa tia comprou uma cachorrinha e se casou 3 meses depois não tendo com quem deixar a pequena. Sabendo que a eu e meus irmãos sonhávamos em ter um cachorrinho minha mãe liberou a gente ficar com ela com uma lista de condições. Um mês depois a Poly tava com a gente e nos conquistou de uma forma que ela fazia tudo o que a tal lista proibia e mais um bocado.
Alguns anos depois ela cruzou e nasceu a Mila. Daí já eram duas. As duas eram muito inteligentes e a gente sempre ficou muito impressionado com a capacidade de ambas de aprender rápido. Sempre foram muito limpinhas (peodle não solta muito pêlo) e companheiras. A essa altura a gente já era alucinado por cachorros.
Daí que papai resolveu construir uma casa. E por isso poderíamos finalmente ter um cachorro de uma raça maior. Foi assim que a Bianca, nossa labradora, chegou. O prazo pra casa, pré fabricada de madeira ficar pronta era de 3 meses. Compramos então a Bia que ficaria com a gente no ap por 3 meses. Era ainda uma filhotinha e quando já estivesse crescendo já estaríamos instalados na casa nova. Bom, a construçao da casa atrasou e quando saímos do ap a Bia já tava com 6 meses e, Jesus, como aprontou! Pra se ter uma idéia uma vez ela se trancou por dentro dentro do banheiro e arrancou a ducha da parede só por causa da água. Eu quase chamei a polícia achando que tinha um ladrão dentro do banheiro trancado, com a luz acesa!
Já na casa nova um dia meu irmão caçula a malandro chega em casa numa sexta-feira com uma labradora preta linda, a Maria Eduarda. Ele explicou que a amiga tava indo viajar naquele fim de semana de feriado e queria que a gente cuidasse dela. Pela cara do meu irmão, pelo tanto de coisa que ele trazia com ele e a cara de quem não-tô-fazendo-nada do meu pai cúmplice, entendi que a Duda não ia embora nunca mais. Acho que só a mamãe pensou isso.
No meio disso tudo compramos um papagaio do cunhado do pedreiro que trabalhava lá em casa. Ele queria vender porque o papagaio falava demais (oi?). Foi assim que o João Vitor, o papagaio doido chegou lá em casa e virou o chefe das cachorras e o cara que mais desorienta a minha mãe. Ele vive livre lá em casa e isso rende muitas brigas entre ele e mamãe porque o que ele mais gosta e de ir lá na cozinha e picar as frutas da fruteira ou subir na mesa e acabar com os enfeites que mamãe gosta. Acho que ele faz isso porque ele adora a voz da mamãe brigando com ele. Por diversas vezes cheguei em casa e presenciei os dois discutindo. Só vendo pra entender!
A Poly e a Mila morreram. A gente quase morreu junto. Até hoje é difícil pensar nisso.
A Gabi chegou lá em casa através do caçula, de novo. Ele estudava a noite na FUMEC e um amigo precisava dar urgente a cachorra, uma labradora golden linda, porque ela tinha comido pela milésima vez os fios do portão da garagem da casa e o pai do menino tava bem bravo. Papai saiu lá de casa falando que ia buscar o Rafael Caçula Safado na faculdade, coisa que ele não fazia nunca. Duas horas depois voltam os dois e uma a Gabi, loira arruivada, linda e medrosa. Em pouco tempo conquistou todo mundo.
Isso tudo pra falar que a gente ama bicho. Temos hoje 5 cachorros: a Bia labradora amarela, a Duda labradora preta, a Gabi a golden ruiva, o Mário labrador safado preto e a Nina, a poudle que mamãe achou abandonada e hoje é a sombra dela. Sem contar o João, o papagaio mandão.
Isso só é possível porque a gente gosta demais e todo mundo ajuda a cuidar. Por dia é uma sacola de supermercado de cocô. Sem contar o tanto de ração. Mas compensa porque cada um deles é único e ama a gente de um jeito único e fiel.
Eu sinto muita saudade de todos e sempre que posso converso pelo skype com eles. É muito legal ver os rabos abanando ouvindo minha voz, me procurando. O João começa e me imitar!
E na semana passada a nossa Gabi pariu 8 lindos filhotinhos, filhos do Mário irresponsável. Papai contou que ele não passa nem perto dos filhos e nós já entendemos que ele não vai assumir a paternidade. Dos 8, 4 são loiros e 4 são pretinhos como o pai. Mas todos lindos e fofos como os filhotes de labrador têm que ser!
João Vitor o papagaio mandão!
Eu passando esmalte na Bia.
Olha que abraço mais gostoso da Gabi!
Paraíso!
Duda, Bia e Gabi montando guarda lá em casa!
Milinha e Polizinha, saudades!
E aqui a Gabi e a filharada. Quando tiver fotos melhores eu coloco aqui.