Turus em Montreal

Caçula hoje partiu. Partiu pra mais uma aventura.

O meu coração também partiu, mas em mil pedacinhos. É a porcaria da saudade que faz isso.

Mas uma coisa que ela não faz é impedir que eu me alegre com e por meu irmão.

O tempo que ele passou aqui com a gente foi um presentão. Eu pude ver como meu irmãozinho cresceu, tá mais maduro, responsável, peludo e até mais bonito. Eu pude ver que o tempo que ele passou fora fez dele não só um cidadão europeu, mas um cidadão do mundo, uma pessoa sem barreiras de preconceito ou de qualquer outra convenção social imposta e que segrega.

Uma pessoa que sabe o que quer e que sabe muito bem driblar as barreiras pra conseguir chegar onde quer. E que nessa caminhada ainda consegue fazer amigos pra vida toda. Afinal, ele é o Caju, o cara que onde chega faz diferença.

Daqui ele vai pro outro lado do mundo. Sorte do mundo!

Eu daqui fico só torcendo e orando por ele. Cheia de orgulho da pessoa que ele se tornou, dos caminhos que tem escolhido, da sua maneira de viver e ver as coisas.

Ele foi e deixou além da saudade uma paz gostosa no meu coração. Paz porque sei que ele vai estar bem, porque sei que ele estará fazendo o que gosta e que estará realizando mais uma parte do seu sonho.

E como eu falei pra ele ontem, feliz somos nós de poder rodar e conhecer o mundo com a certeza de sempre podermos voltar pra casa.

        

Caju,

fica bem. Aproveita. E não esquece que eu te amo muito.