sexta-feira, 29 de julho de 2011

DAS COISAS DAQUI IGUAIS AS DAI

- Dia desses tava lendo num blog, que eu já não sei mais qual é, que a pessoa, que mora aqui, sempre que vai no supermercado fica de olho no preço que é passado no caixa porque vira e mexe era diferente do que estava na prateleira. Isso me fez lembrar uma outra história, a do Sr. Noé, um senhor que era pedreiro lá em casa mas que no final acabou virando foi amigo da família, tipo um avô pustiço. Ele contava que sempre que ia no falecido "Mineirão" ficava de olho porque o "pessoar do caixa vivia roubando centavos nas compras dele".  Bom, daí que outro dia fui no Maxi aqui perto pra fazer compras. E fiquei de olho nos preços que eram passados - essa mania besta que a gente tem de achar que "vai que". E não é que 3 dos produtos tinham sido passados com preços mais caros do que os que estavam lá nas prateleiras? O suco mostrava custar 1,99 e foi passado a 2,50, o palmito 2,39 e foi passo a 2,99 e o terceiro eu não me lembro agora. Que desaforo!!!! Reclamei na hora e recebi a diferença de volta. Mas a diferença mesmo da situação aqui e aí é que se fosse no Brasil na hora eles iriam trocar o preço da prateleira. Aqui eles nem cogitaram a hipótese e dois dias depois ele estava lá do mesmo jeito.

- Outra coisa que me irrita aqui é a incompetêcia profissional, principalmente no atendimento ao público. A gente chega aqui achando que primeiro mundo tudo funciona certinho. Já cansei de gastar caloria indo de um guichê a outro procurando informações em estabelecimentos públicos e privados. Hoje, por exemplo, fui ver minha médica numa clínica nova e demorei 15 minutos pra achar o balcão da secretária dela. Isso porque perguntei na recepção onde era e por duas vezes a mulher me mandou no lugar errado. Só na terceira, depois de fechar a cara e perguntar se ela sabia de verdade o que tava fazendo, ela resolveu perguntar pra alguém e aí explicou direito. Ou seja, a pessoa prefere mandar a gente pra qualquer lugar do que dar o braço a torcre de que não sabe a informaçao. Triste, lamentável.

- Outra coisa que tá me deixando roxa de raiva é a minha médica, a que acompanha minha gravidez. Ela não é incompetente porque pra isso ela ia ter que melhorar um bocado. Ela já chega na consulta de costas que é pra sair de frente.Fora que sempre me atende com atraso de no minimo 2 horas. Daí me pergunta se tô bem e se tô sentindo alguma coisa. Eu digo que ACHO que tá tudo normal ( porque afinal de contas é a primeira vez que fico grávida e não sou médica. Daí imagino que tô bem, né?). Descrevo mais ou menos os últimos sintomas ela diz ok e pronto.A consulta, sem brincadeira, nao dura 10 min. Ela nunca me encostou pra fazer um exame, nunca mediu minha barriga (descobri ontem que ela teria que medir todo mês pra saber se a Turuzinha tá crescendo direitinho), nunca fez um exame do colo do útero, nada. Mas como uma amiga também era paciente dela e gostava, eu fui ficando e agora já tá tarde pra trocar. Mas tô disposta a na próxima consulta perguntar pra ela como ela faz pra saber que tá tudo bem se ela nunca me examinou de verdade. A sorte é que quando eu tava no Brasil eu fiz mil e um exames e conversei muito com a minha médica ótima. Daí sei que tá tudo bem. Senão eu estaria desesperada!

- Ultimamente, como fico muito em casa, fico vendo trem errado pra todo lado. E uma delas é a forma como o caminhão de lixo faz com o nosso lixo. Vira e mexe a gente vê que no dia que o caminhão de lixo passa a rua fica mais suja que antes. Daí eu ligo lá na prefeitura e reclamo. Mas há duas semanas o caminhão passou e largou tanta sujeira pra trás que tinha até uma sacola cheia de cocô e mil mosquitos pra todo lado. Olha que nojo! Pensa num cenário de favela sem infraestrutura nenhuma. Pois então, a minha calçada aqui em frente de casa tava assim. Fora o tanto de lixo que ficou pra trás. O lance é que os lixeiros passam e tacam as lixeiras dentro do caminhão. Se o lixo entrou, beleza. O que fica pra trás eles nao pegam de jeito nenhum. Ah, minha gente, eu fiquei injuriada nesse dia. Liguei la e reclamei (meu teclado acabou de dar bisiu e os acentos estao loucos). Falei que to sempre ligando e nunca resolvem nada. Dai a velha historia: me tranferem pra outro departamento, e pra outro e pra outro. Dai eu falei que a situcao ta tao insustentavel que eu venho tirando fotos e que tinha um dossie e que enviaria o tal dossie a um jornal se nada fosse feito. No dia seguinte de manha a rua tava limpa.

Isso tudo me faz constatar que muitas coisas que a gente acha que so tem ai no nosso Brasil, pais de terceiro mundo subdesenvolvido e repleto de corrupcao, tem na verdade pra todo lado. Aqui tambem as coisas as vezes funcionam na base da ameca, segundo o interesse de alguns. O respeito ao cidadao nao e algo 100% certo de ser aplicado.

Mas pra finalizar vou contar uma historia que e pra limpar um pouco a barra da galera aqui. Semana passada estavamos sofrendo e suando com o canicule - onda de calor quase insuportavel, com temperaturas de ate 49 graus. Quando isso acontece sao muitos os casos de gente que passa mal e ate morre porque o povo aqui nao ta acostumado com tanto calor assim. Pois bem, sabado de manha batem na porta aqui de casa. Fiquei surpresa de ver que era a policia, que veio ver se tava tudo bem com a gente. Olha que gracinha! Estavam passando de casa em casa pra saber se tava todo mundo vivo. Ainda deram algumas dicas pra suportar a onda de calor - tipo beber agua - e ai se foram.

Bom saber que nem tudo ta perdido, ne?

Um comentário:

Leonor disse...

Rê, que raiva que deu dessa sua médica! Aiai. Aqui no Brasil também já passei por essa do supermercado cobrar preço diferente pelos produtos... desonestidade tem em qualquer lugar né? Beijinhos!