Tava meio sem saber como voltar ao blog. Giovana nasceu linda e bunduda no dia 23 de setembro de 2011. E desde entao a vida é outra.
Mas acho que nada melhor pra recomeçar do que escrever sobre aquilo que marcou nossas vidas em “antes” e “depois” : nossas férias de 2 meses no Brasil.
Entao o post hoje vai ser ao velho e bom estilo das redaçoes de colégio de início de ano:
MINHAS FÉRIAS
Depois de alguns dias de preparaçao e o coraçao transbordando de ansiedade, eis que eu e Giovana estávamos no avião em direçao ao Brasil. Mas nao só isso: íamos em direçao de um encontro maravilhoso dela com toda a familia, dela com o país que é dela também.
Uma caravana esperava a gente no aeroporto: meu pai, minha tia, meu irmão, minha tia e primo do Rio, minha avózinha, o vozão e a tia Ana. Quando me viram vieram correndo e passaram a mão na Giovana, me largando pra trás com 2 carrinhos de malas bem pesadas.
O chororô começou ali. Gigi tava dormindo e mesmo assim arrancou lágrimas da galera. Tão pequenininha e acabando com o coraçao do povo. Foi amor à primeira vista. Claro, não tinha como nao ser assim. Já em casa, foi a vez da avó, minha mãe. Mais lágrimas. E foi só chegando gente.
No dia seguinte lá estávamos nós de novo no aeroporto. Desta vez pra buscar meu irmão que veio da Austrália só pra ver esse pedaço de gente que num simples olhar cativa todo mundo.
Giovana nasceu em setembro e nas primeiras semanas chorou muito. De cólicas. De gazes. De estranhar esse mundo novo. De saudade do útero quentinho. De chorar mesmo porque os bebês choram e pronto. A mãe aqui tinha até um certo medinho quando ela acordava porque sabia que o chororô viria.
Até então era uma bebêzinha chorona. E chegou no Brasil e deu de cara com uma família ansiosa pra conhecê-la e abraçá-la. Claro que no início ela chorou em cada colo. Mas em 2 dias ela já tinha se acostumado com todo aquele carinho e estava adorando se aninhar no colo de cada um.
Em dois meses em terras tupiniquins eu vi minha bebezinha sumir e dar lugar a uma menininha esperta, risonha, sociável e até mesmo sem-vergonha. Em dois meses Giovana conquistou incontáveis corações. Aprendeu a amar cachorros. Andou de lancha, nadou na lagoa e conheceu a praia. Sentiu a areia da praia, a grama do jardim e o cimento da laje com seus pezinhos deliciosos. Conheceu um pedação de uma família enorme que já a amava desde antes dela nascer. Conheceu também amigos que são família e que vieram de longe – São Paulo, Moçambique – só pra vê-la e cheirá-la. Participou de chá-de-panela, casamento, aniversário e quase de um funeral. Ganhou presentes, muitos presentes. Brincou com cachorro, tomou lambida de cachorro e adorou. Sambou na laje, tomou banho de balde, chupou ossinho de galinha, experimentou – a contra gosto da mãe (mas no fim eu até gostei, confesso) – feijão, pão-de-queijo, suco de uva e de abacaxi, água de côco. Foi no aeroporto 9 vezes buscar e levar gente querida e por fim deixávamos o GPS em casa e ela ia nos guiando. Aprendeu a dormir sozinha e dormiu na casa de muita gente. Ficava o dia inteiro só de fraldinha e adorou sentir calor. Ficou doentinha pela primeira vez e fez a mãe achar que um simples nariz entupido pode matar um bebê e por isso chorei ridiculamente preocupada. Passou seu primeiro natal e ano novo cercada de um amor que só fez bem. Conheceu uma parte dos primos americanos e se acabou de brincar com eles. Conheceu também o João, um potencial pretendente 4 anos mais velho. Conheceu os amiguinhos gringos assim como ela. Foi à igreja e lá foi consagrada à um Deus que aos pouquinhos ela tem conhecido e adorado. Aprendeu que sorrir faz bem não só pra ela mas pra quem tá por perto e a partir daí distribuía sorriso onde ia só pra receber de volta. Decidiu que o bom mesmo é estar rodeada de gente. Aprendeu a virar de barriga, a desvirar, a levar a mãozinha onde quiser, a colocar tudo na boca e descobriu o pezinho. Usou inúmeros vestidos, cada um mais lindo que o outro. Colheu a primeira goiaba do pé que o avô plantou. Pela primeira vez sentiu saudades quando ficou 20 dias longe o pai. Nadou pela primeira vez com o pai e adorou!
Aliás, ela adorou tudo!
Para os pais foi um tempo delicioso de descanso. Foi bom ver nossa filha sendo tão amada. E foi bom também ver ela distribuindo carinho. Mas acima de tudo um tempo de muita reflexão, de pensar na nossa infância e de reconhecer ainda mais o amor dos nossos pais por nós. Hoje vemos amor em cada gesto, principalmente nas broncas, castigos e palmadas. Reconhecemos que “dar limite” é a maior prova de amor que os pais podem dar.
No fim ficou a certeza de que o que podemos dar de melhor pra nossa pequena é essa família deliciosa que nós temos. Certeza também que queremos criá-la do jeitinho que fomos criados. E que o que temos de mais valioso na vida não tem dinheiro que pague.”
Eu não sei se já fiz isso mas queria muito agradecer à cada um que fez dessas as melhores férias das nossas vidas.
Uma amiga perguntou como conseguimos viver longe da nossa família sendo ela tão incrível. Eu respondi que é exatamente por ela ser assim que viemos parar do outro lado do hemisfério.
Porque o que nos dá forças e o que nos motiva é saber que sempre teremos pra onde voltar!
O encontro no aeroporto.
Tio Bruno babão.
"a hora do banho é a hora mais feliz!"
Tio Caju internacional.
A prima Clarinha
Vovô coruja-babão
As vovós mais cocotas do mundo!
Os três gringos
O sorriso é da minha avó e a covinha é da outra vovó.
primeira vez na praia
e já fazendo carão! arrasou!
Primo Pipe
Bisa preciosa
tomando sol na laje
4 geraçoes!
Colinho bom do bisa.
tô até bêbada de tanto leite!
Sou a cara do meu pai
Buscapés queridos! Clarinha virou a melhor amiga.
A prima Savannah
24h com esse sorriso delicioso no rosto!
Meus primos! Amo tá no meio dessa bagunça!
Até bigode eu usei!
Só as princesas!
Saudades, saudades, saudades...